NUM RELÓGIO
Relógio germinado de vazios gestos
Nas noturnas esperas, ancorado nada
Sentinela perfumado, renda de seda
Amor que sonha num antigo pensamento
Palavras de vigas, que caiem nas horas mortas
Lembranças entre as brisas do verso sentir
Relógio velho de tantas ternuras deixadas
Que colhe beijos dados à lua ou ao sol
Carícias feitas de suplicadas deixadas de ti.
Isabel Morais Ribeiro Fonseca