TINTEIRO
A caneta do tinteiro que deixaste à cabeceira
Queria escrever para mim em forma de sonho
Cabeceira perfumado encantado
Ela escrevia deixando-se cair na cama de cansaço
As páginas estão em branco
O nosso amor é assim, desses que ficam grisalhos
De histórias divididas e afectos desmedidos
O amor aprende-se com o tempo
No limite das renúncias e no abandono das horas
Um pouco de rotina e o charme do tempo.
Gosto das marcas, dos vincos da pele rugas
As páginas estão escritas já não estão em branco
A caneta do tinteiro que deixaste à cabeceira
Escreve a vida vivida, sem ser esquecida por nós.
Sem comentários:
Enviar um comentário